“Quando sonho que estou no Paraíso, a acção decorre sempre em Paris.” (Ernest Hemingway)
É um pouco isso que também acontece comigo. Quando estou em Paris só vejo o lado belo da vida porque quando olho em meu redor tudo parece estar ali prepositadamente para me presenciar com majestosas vistas. A arquitectura desta cidade tem esse condão de nos enfeitiçar em cada esquina, em cada rua , em cada bairro que percorremos. Quando menos esperamos lá está mais um belo edificio, uma fonte, uma ponte, uma simples janela ou uma varanda de ferro forjado como são a maioria das varandas dos prédios do centro da cidade.
O edificio da fotografia abaixo é do edificio junto ao Museu Du Quay Branly (museu de colecções de objectos de arte africana, asiática da oceania e américas). Toda a fachada está coberta de plantas.
Mas esta predilecção por uma arquitectura memorável consubstancia-se em todos nós através de um edificio que jamais fará sentido fora de Paris, a magnifica Torre Eiffel. Por mais controvérsia que tenha gerado aquando da sua construção, não consigo imaginar a cidade luz sem a altissima torre.
Apesar de sua estrutura colossal à época, a Torre Eiffel foi construída para a Exibição Universal de 1889 e previa-se a sua demolição após a Exibição. No entanto começou a ser usada para estudos meteorológicos e o bom senso de grande parte dos parisienses evitaram que tal ocorresse.
A Torre tem 300 metros de altura. Somando-se a extensão da antena, a altura total é de 320,75 metros. Pesa sete mil toneladas, incluindo 40 toneladas de tinta. Possui 15 mil peças de aço e 1652 degraus até o topo. Actualmente possui um sistema de elevadores que permite subir ao topo e dai obtem-se uma vista panorâmica da cidade de tirar o fôlego.
Ao deixar a torre atrás de mim sempre à espreita por entre os belos prédios e o Sena, vou pela margem esquerda até à ponte Alexandre III contruida para exposição universal de 1900 e que reflecte a fantasia e elegância da Belle Époque em Paris.
Ao fundo avisto os Invalides, um monumento que era um antigo Hospital Militar, (dai o nome) e que na sua igreja do Dôme, com uma enorme cúpula dourada, alberga o túmulo de Napoleão.
Está a anoitecer. A noite está agradávelmente quente. Nesta altura do ano só anoitece por volta das 22.30h. Por isso apetece ficar a ver o pôr do sol sobre o Sena, bebendo um granizado de frutos do bosque que surgiu no momento em que a sede e o calor já apertavam, fazendo do suave gelo aromatizado um verdadeiro nectar dos deuses.
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