segunda-feira, 5 de julho de 2010

Paris je t’aime!

Paris nunca me desilude!

Continua a ser a mesma cidade vibrante, onde se respira arte, história, requinte, romance, enfim tudo aquilo que nos leva como que a um novo despertar, depois de algum tempo adormecidos nas repetitivas e mundanas intermitências da vida.

Podem dizer que Paris está fora de moda, que existem outros destinos muito mais apelativos. Aceito mas não me convenço. Para mim continua a ser a cidade das cidades.

Quando cheguei hoje, ao inicio da tarde o meu estado de espirito, por razões várias, não era o melhor. No entanto ao aproximar-me dos jardins  do Palais du Luxembourg , perto da Sorbonne onde fiquei instalada, a música clássica  que se evadia de um coreto onde uma orquestra a tocava na perfeição, fez-me respirar profundamente e compreender que a vida pode realmente ser sempre algo mais. Esse efeito terapêutico, quase instantaneo, aqueceu-me a alma e não fossem as saudades da minha filha que gostaria que estivesse aqui comigo para a ensinar também a gostar de Paris, o momento seria de completa evasão.

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IMG_0023 Estou em Paris para adquirir um pouco mais de conhecimento. Os cursos que vou frequentar, na área do ambiente e da culinária serão o ponto de partida. No entanto percorrer esta cidade, observá-la, reencontrá-la, fará igualmente parte desse enriquecimento que só o acto de viajar nos pode dar.

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Apeteceu-me começar pelo mais que conhecido quarteirão do Louvre. A tarde estava tão agradável que nos convidava a passear pelo Jardim das Tulherias situado entre o Museu do Louvre e a Praça da Concórdia. Foi criado no século XVI, no estilo italiano, por ordem de Catarina de Médicis, para decorar o entorno do palácio das Tulherias, onde passava seus tempos livres.

No séc. xvII o arquiteto André Le Nôtre, autor do jardim do Palácio de Versalhes transformou-o num jardim no estilo francês, formal e simétrico, cheio de estátuas ornamentais que hoje o caracteriza.

Actualmente oferece também uma pequeno parque de diversões , do qual ressalta à vista a roda gigante.

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Depois apetece ficar sentado numa das cadeiras tipicas dos jardins da cidade, que levamos para o recanto que mais nos agradar, para ficarmos a contemplar o enorme movimento de turistas que povoam a cidade, principalmente nesta época do ano. Eu escolhi sentar-me ao sol junto a um dos vários tanques do parque, adornados com repuxos e belas estátuas, onde algumas crianças brincavam com pequenos barcos à vela. Para acompanhar tão repousante descanso fiz-me acompanhar de um delicioso gelado de frutos secos e maracujá vendido numa carrinha colorida, situada num canto do parque.

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Para termos consciência de que Paris é realmente uma cidade única só precisamos de ir ao terraço do jardim, em frente ao obelisco da Concórdia. Para além das estátuas e das fontes, por cima dos castanheiros gigantes, sobressaem a torre Eiffel e a Avenida dos Campos Elisios, coroada pelo vitorioso arco do Triunfo. São horizontes de ininterrupta grandeza aquela que avistamos neste local previligiado situado na margem direita do Sena.

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Retemperadas as forças serpenteio o Sena. Como  li algures é o colar de ãmbar que rodeia Paris, quando o sol se reflecte nas suas águas como acontecia hoje ao entardecer. Das suas inúmeras pontes a paisagem é sempre arrebatadora. Mais ainda se acrescentarmos ao põr do sol o som da música saída do saxofone de um americano que a medo lá pedia umas moedas para prosseguir a viagem demorada pela Europa como acabou por esclarecer.

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Amanhã Paris continuará à minha espera como uma boa amiga que gosto de rever……..

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