Paris nunca me desilude!
Continua a ser a mesma cidade vibrante, onde se respira arte, história, requinte, romance, enfim tudo aquilo que nos leva como que a um novo despertar, depois de algum tempo adormecidos nas repetitivas e mundanas intermitências da vida.
Podem dizer que Paris está fora de moda, que existem outros destinos muito mais apelativos. Aceito mas não me convenço. Para mim continua a ser a cidade das cidades.
Quando cheguei hoje, ao inicio da tarde o meu estado de espirito, por razões várias, não era o melhor. No entanto ao aproximar-me dos jardins do Palais du Luxembourg , perto da Sorbonne onde fiquei instalada, a música clássica que se evadia de um coreto onde uma orquestra a tocava na perfeição, fez-me respirar profundamente e compreender que a vida pode realmente ser sempre algo mais. Esse efeito terapêutico, quase instantaneo, aqueceu-me a alma e não fossem as saudades da minha filha que gostaria que estivesse aqui comigo para a ensinar também a gostar de Paris, o momento seria de completa evasão.
Estou em Paris para adquirir um pouco mais de conhecimento. Os cursos que vou frequentar, na área do ambiente e da culinária serão o ponto de partida. No entanto percorrer esta cidade, observá-la, reencontrá-la, fará igualmente parte desse enriquecimento que só o acto de viajar nos pode dar.
Apeteceu-me começar pelo mais que conhecido quarteirão do Louvre. A tarde estava tão agradável que nos convidava a passear pelo Jardim das Tulherias situado entre o Museu do Louvre e a Praça da Concórdia. Foi criado no século XVI, no estilo italiano, por ordem de Catarina de Médicis, para decorar o entorno do palácio das Tulherias, onde passava seus tempos livres.
No séc. xvII o arquiteto André Le Nôtre, autor do jardim do Palácio de Versalhes transformou-o num jardim no estilo francês, formal e simétrico, cheio de estátuas ornamentais que hoje o caracteriza.
Actualmente oferece também uma pequeno parque de diversões , do qual ressalta à vista a roda gigante.
Depois apetece ficar sentado numa das cadeiras tipicas dos jardins da cidade, que levamos para o recanto que mais nos agradar, para ficarmos a contemplar o enorme movimento de turistas que povoam a cidade, principalmente nesta época do ano. Eu escolhi sentar-me ao sol junto a um dos vários tanques do parque, adornados com repuxos e belas estátuas, onde algumas crianças brincavam com pequenos barcos à vela. Para acompanhar tão repousante descanso fiz-me acompanhar de um delicioso gelado de frutos secos e maracujá vendido numa carrinha colorida, situada num canto do parque.
Para termos consciência de que Paris é realmente uma cidade única só precisamos de ir ao terraço do jardim, em frente ao obelisco da Concórdia. Para além das estátuas e das fontes, por cima dos castanheiros gigantes, sobressaem a torre Eiffel e a Avenida dos Campos Elisios, coroada pelo vitorioso arco do Triunfo. São horizontes de ininterrupta grandeza aquela que avistamos neste local previligiado situado na margem direita do Sena.
Retemperadas as forças serpenteio o Sena. Como li algures é o colar de ãmbar que rodeia Paris, quando o sol se reflecte nas suas águas como acontecia hoje ao entardecer. Das suas inúmeras pontes a paisagem é sempre arrebatadora. Mais ainda se acrescentarmos ao põr do sol o som da música saída do saxofone de um americano que a medo lá pedia umas moedas para prosseguir a viagem demorada pela Europa como acabou por esclarecer.
Amanhã Paris continuará à minha espera como uma boa amiga que gosto de rever……..
Força para os cursos e boa estadia por França
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